segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

1ª Oficina

Oficina de documentação
Ministrante: Alessandra Garcia (graduanda em museologia - UFBA)


Na oficina de documentação os alunos entraram em contato com o conceito de documento e de documentação museológica. Baseando-se no capítulo “uso e mau uso dos arquivos” do livro Fontes históricas de Carla Pinsky foram apresentadas as diversas fontes (documentais, impressas, visuais, cultura materiais, orais...) dando ênfase a cultura material e portanto o trabalho do museu como instituição de pesquisa. Debateu-se sobre a veracidade dos documentos, como ter uma leitura critica sobre eles e a importância de conhecer seu contexto.

Como primeira atividade foi pedido que os alunos escolhessem algo do colégio para documentar. Eles escolheram o muro da escola, que é algo que consideram que tem muita história pra contar já que caiu várias vezes mudando a rotina do colégio cada vez que isto acontecia. Como foi a primeira oficina, para que os ministrantes conhecessem mais os alunos foi pedido que eles documentassem um objeto que através deste pudessem falar um pouco deles mesmos. Entre os objetos escolhidos estavam: sapatinho de bebê, colher de bebê, fotos da infância, um quadro pintado pela aluna. Os alunos demonstraram muito interesse e queriam saber até como se marcava a peça, como se dividiam as tipologias o que gerou bastante debate e discussões proveitosas.

O objetivo da oficina foi de facilitar a identificação do que e de onde pode estar registrado a história do bairro. Os alunos têm que se ver como agentes da história, saber que a história oficial muitas vezes é construída a base de interesses e que a busca pela verdade pode ser o caminho para a tomada de posição e portanto transformação social.

Comentários dos alunos:


As aulas foram muito produtivas, veio abrir nossos olhos para um mundo “novo” onde cada detalhe fala uma história, seja esse detalhe de um papel, cadeira, ou até mesmo de uma colher. Cada objeto tem seu valor e sua história, onde quanto mais se estuda mais “história” se acha, é uma viagem a um universo de informações.Amanda Cruz

A oficina de documentação foi muito interessante, mostrou como se armazenam os dados importantes sobre objetos históricos em um museu. No começo foi um pouco chata, mas depois encarei com mais naturalidade a forma de armazenar as coisas tão importantes que fazem parte de nossa história de nossos ancestrais e que contará a história para nossos filhos, netos etc. Assim eles compreenderão a importância de nossa história.Joana Erli



Em cada acervo, em cada documento, descobrimos uma verdadeira história, sua origem e a sua documentação facilita tanto par os pesquisadores quanto para os visitantes. Com a documentação sabemos o valor do objeto, estão documentação é muito importante.Jamille N. Santos

Eu achei um pouco difícil mas muito interessante porque por ele nos temos uma base de como funciona um museu. Apesar de chegar na metade dessa oficina consegui documentar uma coisa muito importante par mim. Conclusão: documentação é massa!Ana Paula Jesus Lopes

Na minha opinião, as pessoas deveriam preservar mais tudo que temos. Enquanto achamos que um documento é apenas um papel insignificante ele é uma maneira de descoberta da nossa origem.Rosemeire dos Saltos Sales

Nos documentos estão armazenados importantes dados sobre a nossa história. As fontes documentais , fontes impressas, cultura material, fontes visuais, orais servem como fonte de conhecimento e podemos encontrar em arquivos, bibliotecas e museus.Nívia Maria Cruz

Descobri na oficina de documentação que existem outros tipos de documentos alem de identidades, certidões e afins. Por exemplo, um azulejo pode ser um documento para provar um acontecimento histórico, em um determinado lugar, num determinado século. Pude sentir um pouquinho de como é estar atuando nessa área, viajei mentalmente para um determinado período histórico e imaginei uma peça que pudesse representá-lo. Rangel Sales de Jesus

PRÓXIMA ATIVIDADE: OFICINA DE CONSERVAÇÃO DE PAPEL

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A grande Arte de sonhar

Realizamos no dia 05 de novembro de 2009 um encontro com as turmas do terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Edvaldo Fernandes para falar de algo que consideramos imprescindível: a importância de sonhar, de ter objetivos, de acreditar em si mesmo e de lutar, muitas vezes contra obstáculos que parecem cem vezes maiores do que nós. Iniciamos o encontro lendo para eles um texto retirado do livro "É divertido fazer o impossível" (Ed. Casa da Qualidade - Roberto Recinella).

Para a realização do encontro, convidamos estudantes universitários de diferentes cursos, todos eles moradores do bairro e ex- alunos da escola. Foram eles:

DIELSON BISPO DE SANTANA (HISTÓRIA, JORGE AMADO)

LIANA DE JESUS (PEDAGOGIA, UNOPAR)

ALINE REGINA PINHEIRO CRUZ LEITE (PEDAGOGIA, UNEB)

PAULO JOSÉ OLIVEIRA (BIBLIOTECONOMIA, UFBA)

MARIA NATÁLIA DOS SANTOS (FISIOTERAPIA, UCSAL)

Cada um deles falou de suas experiências e dificuldades para continuar estudando, entrar em uma faculdade e conciliar trabalho e estudos. Mais do que isso, os alunos ouviram histórias de jovens que acreditaram em seus sonhos e que buscaram os caminhos para torná-los reais e como isso valia a pena. Os alunos participaram do encontro com muita atenção e interesse, pois os convidados eram jovens como eles que moram no mesmo bairro, estudaram na mesma escola e fazem parte do mesmo contexto de vida que eles.[


O objetivo do encontro era plantar no coração dos alunos que estavam nas vésperas de terminar o ensino médio a semente do sonho e falar de forma bem clara com experiências concretas que tudo é possível quando acreditamos.

***

Segue abaixo o texto usado para iniciar o encontro...


NOSSOS SONHOS


Ele era um jovem que morava no Centro Oeste dos Estados Unidos. Por ser filho de um domador de cavalos, tinha uma vida quase nômade, mas desejava estudar. Perseguia o ideal da cultura. Dormia nas estrebarias, trabalhava os animais fogosos e nos intervalos, à noite, ele procurava a escola para iluminar a sua inteligência. Em uma dessas escolas, certa vez, o professor pediu à classe que cada aluno relatasse o seu sonho. O que desejariam para suas vidas. O jovem, tomado de entusiasmo, escreveu 7 páginas. Desejava, no futuro, possuir uma área de 80 hectares e morar numa enorme casa de 400 metros quadrados. Desejava ter uma família muita bem constituída. Tão entusiasmado estava, que não somente descreveu, mas desenhou como ele sonhava a casa, as cocheiras, os currais, o pomar. Tudo nos mínimos detalhes. Quando entregou o seu trabalho, ficou esperando, ansioso, as palavras de elogio do seu mestre. Contudo, três dias depois, o trabalho lhe foi devolvido com uma nota sofrível. Depois da aula, o professor o procurou e falou: - O seu é um sonho absurdo. Imagine, você é filho de um domador de cavalos. Você será um simples domador de cavalos. Escreva sobre um sonho que possa se tornar realidade e eu lhe darei uma nota melhor. O jovem foi para casa muito triste e contou ao pai o que havia acontecido. Depois de ouvi-lo, com calma, o pai lhe afirmou: - O sonho é seu meu Filho, faça o que quiser... essa decisão é sua. Persistir neste sonho ou procurar outro. O jovem meditou e, no dia seguinte, entregou a mesma página ao professor. Disse-lhe que ficaria com a nota ruim mas não abandonaria o seu sonho. Esta história foi contada para várias crianças pelo dono de um rancho de 80 hectares, uma enorme casa de 400 metros quadrados e uma família muito bem constituída, próximo de um colégio famoso dos Estados Unidos o qual empresta para crianças pobres passarem os fins de semana. Depois de terminar a história, o dono do rancho se revelou ser o jovem que teve a nota ruim, mas não desistiu do seu sonho. E o mais incrível é que depois de 30 anos o professor daquelas crianças tem visitado com os seus alunos, aquela área especial. Um dia se apresentou por ter identificado no proprietário o antigo aluno e confessou: - Fico feliz que o seu sonho tenha escapado da minha inveja. Naquela época eu era um atormentado. Tinha inveja das pessoas sonhadoras. Destruí muitas vidas. Roubei o sonho de muitos jovens idealistas. Graças a Deus, não consegui destruir o seu sonho, que faz bem a tantas vidas. Como é bonito ter sonhos... sonhar é da natureza humana. Tudo que existe no mundo, um dia foi elaborado, pensado e meditado por alguém, antes de ser concretizado em cimento, mármore, madeira ou papel... foi um sonho!!! Se você tem capacidade de sonhar o bem, persista na idéia e a concretize. Podem ser necessários anos para que se concretize um sonho, mas, um dia ele se realizará e o que são alguns anos face da eternidade que aguarda o espírito imortal da pessoa que sonha?


Retirado do livro "É divertido fazer o impossivel" Ed. Casa da Qualidade - Roberto Recinella

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